Orçamentação e suas vantagens
O que é um orçamento e quais as suas vantagens?
Um orçamento deve ser entendido como um plano onde serão inscritas as receitas e despesas previstas para um determinado período. É entendida como uma ferramenta que deverá ser acompanhada de forma subsequente controlando as despesas e otimizando as receitas, possibilitando assim a criação de poupança.
Um gestão orçamental responsável e cuidada permite destinar uma parte das receitas obtidas à poupança, não se devendo assim gastar mais do que as receitas efetivamente obtidas e/ou previstas. Esta poupança permitirá controlar as despesas correntes e preparar a tomada de decisões financeiras importantes como ir estudar para o estrangeiro, comprar uma casa ou até mesmo lançar um negócio.
Um orçamento apresenta grandes vantagens a vários níveis, nomeadamente:
1. Controlo: pois permite o controlo de despesas, ajudando a decidir que despesas podem ser assumidas;
2. Organização: mesmo o orçamento mais simples permite sistematizar ou dividir os recursos por categorias de despesas, receitas e poupanças;
3. Comunicação: pois ao permitir um envolvimento de mais pessoas na sua elaboração, possibilita a discussão de quais as suas prioridades;
4. Conhecimento: permite saber o estado das finanças com algum rigor, funcionando como instrumento de auto-educação que mostra como são gastos os recursos;
5. Aproveitar as oportunidades: ao tornar possível determinar, em qualquer momento, o valor de poupança obtida de forma exata, permite o aproveitamento de oportunidades que surjam de forma inesperada;
6. Otimização de tempo: a maior organização das despesas resultante da elaboração do orçamento permite, a prazo, poupar tempo;
7. Ganhos monetários: uma maior racionalização das despesas resultante da elaboração de um orçamento vai permitir poupanças adicionais que poderão se aplicadas por forma a gerar um rendimento extra.
Para que o orçamento por ti criado tenha efeitos práticos, deverás ter sempre presente um conjunto principal de regras que compreendem:
• Definição clara dos objetivos prioritários de poupança, tendo em conta as necessidades imediatas e inadiáveis;
• Saber exatamente onde vais aplicar as tuas receitas, com que objetivo e onde comprar;
• Planear as despesas fixas, correntes e ocasionais;
• Controlar os extratos de todas as tuas contas;
• Organizar os documentos de despesa de forma funcional;
• Evitar desperdícios.
A aplicação destas regras é fundamental para uma boa gestão de finanças pessoais quando te encontras numa realidade diferente e mais independente, como é o caso do Ensino Superior e onde tens que assumir compromissos financeiros (seja pela assinatura de um contrato de arrendamento ou pela abertura de uma conta à ordem ou a prazo, entre outros) de forma segura e consciente. Estas regras poderão ainda conduzir a uma poupança passível de ser aplicada noutro momento da tua vida académica.
Necessidades de financiamento alternativas
Por outro lado, quando as despesas são superiores às receitas e se verificam situações deficitárias no orçamento pessoal e familiar (seja pelo facto de, no teu agregado familiar, existir outra pessoa a estudar também no Ensino Superior e sem fonte de rendimento própria, ou pelo facto de surgirem situações imprevisíveis que cortem consideravelmente a receita destinada a financiar os teus estudos), poder-te-ás deparar com situações sensíveis que poderão colocar em causa o teu percurso académico.
Estas situações poderão exigir necessidades alternativas de financiamento dos teus estudos, garantidas muitas vezes pelas próprias instituições de Ensino Superior mas também por instituições financeiras, com o objetivo de abrir a oportunidade para todos os jovens poderem participar em programas de estudos superiores e proporcionar uma certa independência do fundo financeiro da família.